Hoje é o dia internacional de Nélson Mandela, por isso a dica de filme dessa vez será em sua homenagem, o filme Invictus. Será pequeno o espaço para falar do quanto admiro este homem e este filme baseado em fatos reais, mas vamos lá, vou tentar!
Sinopse: "Recentemente eleito presidente, Nelson Mandela (Morgan Freeman) tinha consciência que a África do Sul continuava sendo um país racista e economicamente dividido, em decorrência do apartheid. A proximidade da Copa do Mundo de Rúgbi, pela primeira vez realizada no país, fez com que Mandela resolvesse usar o esporte para unir a população. Para tanto chama para uma reunião Francois Pienaar (Matt Damon), capitão da equipe sul-africana, e o incentiva para que a selação nacional seja campeã."
Minhas impressões: Clint Eastwood é um diretor que sabe o que faz. Fez um filme que deveria ser visto pelo mundo inteiro. O filme é basicamente sobre amor, perdão, segregação racial, dores e conquistas. O filme nos mostra o quanto ainda somos uma maioria de seres humanos imaturos, manipulados e pouco questionadores, dentro desse mundo. Existe um universo ainda a ser construído, culturas a serem remodeladas e somente pessoas como Nélson Mandela conseguem fazer multidões enxergarem o que parece óbvio, mas não era (e ainda não é) tão óbvio assim.
Com a proximidade da Copa do Mundo de rugby, que seria disputada por lá, o presidente procurou se aproximar do jovem capitão da seleção africana (Matt Damon). Sabemos que muitos políticos usam o esporte pra encobrir os podres da política. Sabemos que algumas pessoas podem acreditar em marketing político, mas nesse caso, especificamente, esse tipo de marketing, na minha opinião, é muito bem vindo!
Madiba (apelido carinhoso, como era popularmente conhecido) soube falar a língua do povo. Usou o esporte pra atingir seus objetivos: unir pessoas, independente de cor, classe social e raça. Foi criticado pelos próprios negros, que devastados e desesperançosos, já não acreditavam mais em paz. Teve uma vida difícil, como é a de todo gênio que não é compreendido. Depois de ter sido preso 30 anos por aqueles que o puseram na prisão, usou o perdão.
Vale lembrar que apesar de tudo, Mandela não é um santo. Algumas cenas demonstram isso no filme. Como diz um de seus seguranças no filme, "ele (Mandela) também é gente e tem problemas de gente."
Para dar força ao time, Mandela usa o texto Invictuous, de William Ernest Henley, que ele mesmo lia no período em que ficou preso. O poema tem um trecho marcante no final:
"Não importa o quão estreito seja o portão e quão repleta de castigos seja a sentença, eu sou o dono do meu destino, eu sou o capitão da minha alma”.
Com o fim do apartheid, no novo arranjo político, Mandela precisava combater a dominação da minoria branca sem declarar guerra. As cenas são fortes, nos mostra que paciência e calma são determinantes para se obter o sucesso. (Sempre digo que vou morrer tentando, pois prefiro assim do que reclamando!). Uma cena linda que me marcou foi quando Matt Damon visita a cela que ele ficou preso e traz à tona todas as lembranças das conversas que teve com o líder.
O final é lindo, emocionante, uma vitória não só de um time, mas de um país, a era de um novo conceito para a África do Sul. Ainda hoje, o racismo e a segregação resiste. Mas as vezes fico pensando como teria sido sem Mandela. Mais guerra, mais ódio e mais mortes.
Minha nota: 9,00. Para quem tem muita sensibilidade, é um filme altamente recomendado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por nos visitar!